SONETOS XIII
© DE João Batista do Lago
Sustentas tua ignomínia como vértebra sacral
Teus atos e palavras são punhais de corações
Neles não há dó nem pena. Há conjurações
Que se refestelam nos salões do teu umbral
Velas a miséria humana qual corvo astuto... Faminto.
Esperando que logo a carne se faça verbo podre
E assim possas saboreá-la como mel de absinto
E confortá-la no âmago a melancolia que te faz pobre
É dessa tenaz amargura que te pensas nobre
Sem ao menos saber de ti a grandeza fútil
Revelas ao final o ser que resta para ti inútil
E ao final de tudo resta o todo-ser de pobre grandeza
Apenas corvo faminto regurgitando sua nobreza
Posto que incapaz de ser será refém de eterna pobreza
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