domingo, 15 de junho de 2008

EPIFANIAS [© DE João Batista do Lago]

[http://img.photobucket.com/albums/v194/tiagopt/epifania_giotto.jpg]

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Epifanias

© DE João Batista do Lago

Meus espelhos são reveladores:

Todos são peças do escárnio

São formas de um fundo vazio

Nascendo a cada dia no silêncio do nada

Gerados no ventre do nunca alvorecer

Em cada qual há uma só revelação:

Maldito e sagrado; azeite e mel

Escorrendo pelos degraus do fel da sagração

Vou-me revelando em cada cais – mortais! –

Velhos repositórios de águas sem sais

Múltiplo da imanência do ser não-ser:

Representação da existência dos meus fins

Ora demônios, ora serafins – deus e diabo! –

Vago a diáspora do sujeito sem casca

Fruto maldito da árvore sem laços

De todos os espelhos um é revelação:

Sou arte da dicotomia na dupla face do ser

Representação final da arte da natureza

Sou corpo... Sou alma!

Além disso, mumificação de nadas