CÂNTICO INVERSO
© De João Batista do Lago
Macacos me mordam!
Vê-se animais sagrando o não-Sagrado
Vê-se animais!
Desconfiados dão-se bênçãos
E sentam-se nos colos de assassinos e ladrões
E contentam-se com a miséria que se lhes nasce
E geram a desgraça do abraço
No afeto do beijo de fel: todo feto
Que se lhes apimenta a língua ferina
Que será comida como troféu
Vê-se animais!
Sim, vê-se animais
Nos arraiais do céu!
segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Assinar:
Postagens (Atom)