quarta-feira, 30 de abril de 2008

SONETOS - LVIII (© (DE João Batista do Lago)

SONETOS

© (DE João Batista do Lago

LVIII

Canta minh’alma triste... Canta! Cant’os

Versos tristes minha solidão inglória

Navegante d’um mar vil e tormentoso.

Não me há-de sobrevir vida sem ti

Sou-me condenado, pobre, desditoso.

Náufrago solitário de vida errante;

Miserável viajor se não te sou amante.

Qu’interesse há desta vida agora

Sem os abraços e o calor do teu corpo quente?

Ah! Quanta saudade do tempo d’outrora

Quanta falta faz o teu beijo ardente.

Não me há maior castigo, nem desdita,

Teus olhos brilharem por figura maldita:

Prefiro morrer à vida de tão triste sorte.