sexta-feira, 3 de outubro de 2008

CLAMOR

CLAMOR

 

© DE João Batista do Lago

 

Clamo!

Um clamor profundo da minha verbatura,

Solitária e incontida no Verbo que de mim se faz carne;

Sarcófago do corpus indomado,

(in)criado dos espaços dos tempos;

Sacrário que segreda a hóstia trínica:

Eu-não-Ser-Sou!

Clamo!

Do ventre estéril mais fecundo

Todo fogo varão:

Diáspora do incenso do mundo

Jogado pela janela das civilizações.

Linguagens mudas:

- Não! Não há Verbo, nem carne!


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Ilustração: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://img.olhares.com/data/big/138/1384027.jpg&imgrefurl=http://olhares.aeiou.pt/clamor_silencioso/foto1384027.html&h=750&w=656&sz=222&hl=pt-BR&start=50&usg=__12bieUsSG2-WKqcxh0xhPIJEhMY=&tbnid=uRtWyRoBuXhNqM:&tbnh=141&tbnw=123&prev=/images%3Fq%3Dclamor%26start%3D40%26gbv%3D2%26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN