terça-feira, 12 de dezembro de 2006


Nada existe de mais significativo para um poeta, para um escritor, para um artista, saber que sua obra repercutiu em algum lutar - qualquer que o seja -, que atingiu a alma de uma outra pessoa, de um outro poeta, que transcendeu ao seu espaço específico, enfim... que atemporalizou-se e materializou-se na etrnidade do universo.
Estas palavras foram motivadas pela querida Menina Marota (Otília Martel), de Portugal, que em verdadeiro "cio poético" deu à luz dos nossos olhos, pensamentos e sentimentos, um poema onde a marca da sua alma é imanente.
"...Aos poucos vai morrendo a cada desafio
Sem saber se é mulher ou apenas calafrio
Numa noite de primavera
Onde não faz calor nem frio..."
(João Batista do Lago)

ou nas minhas palavras...

(João Batista do Lago (Brasil e Otília Martel (Portugal)
É noite... nada vibra...nada fala...
Tudo mergulha num sonho vago e mudo.
E a solidão desprende-se de tudo
Qual bálsamo subtil que a noite exala.
Silêncio... estou sozinha... eu me desnudo
Manifestando a dor, sem disfarçá-la.
E por adormecê-la e suavizá-la,
A noite envolve a terra, qual veludo!
Eu não quero quebrar esta magia!
Silêncio...a noite morre...é quase dia.
E eu não sei quem sou, nem onde vou.
Nada murmura...nada...tudo dorme.
A noite é para mim deserto enorme,
Aonde meu destino me atirou!
(Otília Martel [Menina Marota] - Portugal)