SOMBRAS DA INTUIÇÃO[1]
© DE João Batista do Lago
Está escuro.
Estou só.
Estou com medo.
Minhas pernas não respondem.
Não ando.
Estou parado.
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Está escuro no meu quarto:
Meu consultório.
Procuro-me. Não me encontro!
Meu paciente – meu cliente – está só.
No meio da escuridão plena
Encherga sua sombra
Medonha!
Dona de todo saber médico
Toma meu corpo e minha alma
Como divinos eus de-si.
Não sei o que dizer...
Não sei como dizer...
Sei apenas do agora
Do agora de mim,
Que há aqui.