segunda-feira, 22 de outubro de 2007

SONHO ESTRANHO


SONHO ESTRANHO


© by João Batista do Lago

Ontem a noite tive um sonho…
Lá pelas tantas da madrugada.
Um sonho no mínimo estranho.
Desses difíceis de revelar.
Sonhei que tinha morrido num
domingo de primavera.
E tão bela a morte me viera
trazendo consigo a bela Quimera!
Oh! Quão bela donzela:
Metade mulher; metade serpente
Ah, essa Quimera ardente
transfromou a pedra fria em
leito quente e me amou
despudoradamente… apaixonadamente…
Ah! essa Quimera envolvente não
tinha cabeça de leão, nem
tinha o dorso da cabra, tampouco o
a parte posterior do dragão.
Ah, essa quimera só tinha paixão
e me amava, a mim, Belerofonte, em desrazão
sobre o dorso de Pégaso a caminho do Olimpo
onde somente os deuses amam com total razão.
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Crédito da Ilustração: http://www.casadacultura.org/arte/arte_digital/bruno_santos/quimera_grd.jpg

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ÓPERA DO HUMANO

ÓPERA DO HUMANO

© by João Batista do Lago



Proliferam deuses… Senhores donos do mundo!
Surgem da escuridão e das noites dos tempos
Eterno movimento de sanguessugas modernos
Encenam no teatro da vida a tragédia dos infernos

Desventura da miserável ópera humana
O homem protagoniza o enredo da sorte
Entoa em salmos sua oração mais profana:
Vencer o irmão e subjugá-lo até a morte

Oh! Atores das desgraças abissais
Homens desgraçados por séculos serão
Tua triste sina não se findará jamais

E quando tudo restara sem esperança
No encanto da criação só restará do
Humano o homem feito danado cão