Fonte: http://horabsurda.com/moodle/
Por João Batista do Lago
Ah, os cavalos! Tão belos... tão sensuais!
Símbolo de deuses... e de todas as deusas!
Representantes de todas as belezas
Troféu de vencedores sobre os vassalos
Assim são os cavalos!
Fiéis adversários de homens – e de deuses
Encantantes de todas as musas – e de mulheres
Estética da força e da potência
E das fêmeas toda vontade de querência
Assim são os cavalos!
D’outro e deste lado dos mares
As Náusicaas de Ulisses reúnem
Nos seus muitos cantares
Seus sonhos em belos vagares
E ofertam-nos aos seus cavalos
Deixando aos homens – esses vassalos –
A perfídia de não serem cavalos...
De apenas serem vulgares humanos
Por isso não são homens capazes
De serem amados como os muares
Ainda que somente em sonho fosse
Quem me dera poder ter-te sobre o torso
Ungir teu sexo na minha pele... no meu corpo
Viajar contigo sobre os mares toda volúpia
Sobrevoar para além dos ares
Até atingir o paraíso dos amores
Até nos extasiar de gozos cavalares
Ah, que bom seria ser-me Centauro!
Assim não sentiria culpa de ser vassalo
E assim seria teu amante... Teu homem-cavalo
(Esses tão-prazerosos gozos por cavalos
faz-me deles todos ter ciúmes...
Mas ciúme é representação da mente racional,
aparência tão-somente do homem animal.)
sábado, 13 de janeiro de 2007
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