segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

DEUS-ME [Soneto]

DEUS-ME

© De João Batista do Lago

O meu divino-deus continua embalsamado
Reclama sua eterna existência dentro de mim
Convoca-me a mostrar-me substancialista
Grita do fundo do poço quanto devo ser artista

Ó deus que dentro em mim quer despregar-se
Dizer-me abertamente que sou sujeito, porém
Demônios angélicos lhe pedem em prece:
- Não forneça o Sol da noite a quem não merece

Desgraçado então a vida assim condenado sigo
Sem ter oportunidade de deus-me ser parido
Complexo defunto: amplo encanto do eu-partido

Eu-deus carrega então a cruz dos vencidos
Pleno do pus pútrido de eterno Homem não-nascido
Calado na sua gênese como a essência do vencido

DEUS-ME [Soneto]

DEUS-ME

© De João Batista do Lago

O meu divino-deus continua embalsamado
Reclama sua eterna existência dentro de mim
Convoca-me a mostrar-me substancialista
Grita do fundo do poço quanto devo ser artista

Ó deus que dentro em mim quer despregar-se
Dizer-me abertamente que sou sujeito, porém
Demônios angélicos lhe pedem em prece:
- Não forneça o Sol da noite a quem não merece

Desgraçado então a vida assim condenado sigo
Sem ter oportunidade de deus-me ser parido
Complexo defunto: amplo encanto do eu-partido

Eu-deus carrega então a cruz dos vencidos
Pleno do pus pútrido de eterno Homem não-nascido
Calado na sua gênese como a essência do vencido