sábado, 19 de janeiro de 2008

COMO NÃO VI MUITA COISA PUBLICADA SOBRE ESTE FATO, QUE AOS MEUS OLHOS É IMPORTANTE, ABANDONO POR INSTANTES MEU DESCANSO PARA...

...POSTAR AQUI ESTA MINHA HOMENAGEM.

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CANÇÃO PARA ELIS

© De João Batista do Lago

Lá vem… lá vem… lá vem

Elis não vem de trem

Não, não vem de trem!

Menina travessa: pimentinha danada

Lá vém… lá vem… lá vém

Elis é vida em disparada

Chova pau, chova pedra

É ela que chega findando o verão

Trazendo na voz seu coração

Transformando as águas de março

Num país rico de canção.

Caminhando sua dor solitária

Vagou entre becos, ruas e avenidas

Tentou – como bêbado! - beber suas feridas

Jamais perdeu a consciência de ser malabarista

E no fio da navalha sempre foi a equilibrista.

Sabia do dia cantar a resplandecência do sol

Sabia da noite cantar a luminosidade da lua

Durante o dia plantava flores; à noite colhia rosas

Moleca, travessa, pimentinha danada

Há muito trago comigo essa saudade guardada

Lá vem… lá vem… lá vem

Elis não vem de trem

Não, não vem de trem!

Menina travessa: pimentinha danada

Lá vém… lá vem… lá vém

Elis é vida em disparada