...POSTAR AQUI ESTA MINHA HOMENAGEM.
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CANÇÃO PARA ELIS
© De João Batista do Lago
Lá vem… lá vem… lá vem
Elis não vem de trem
Não, não vem de trem!
Menina travessa: pimentinha danada
Lá vém… lá vem… lá vém
Elis é vida em disparada
Chova pau, chova pedra
É ela que chega findando o verão
Trazendo na voz seu coração
Transformando as águas de março
Num país rico de canção.
Caminhando sua dor solitária
Vagou entre becos, ruas e avenidas
Tentou – como bêbado! - beber suas feridas
Jamais perdeu a consciência de ser malabarista
E no fio da navalha sempre foi a equilibrista.
Sabia do dia cantar a resplandecência do sol
Sabia da noite cantar a luminosidade da lua
Durante o dia plantava flores; à noite colhia rosas
Moleca, travessa, pimentinha danada
Há muito trago comigo essa saudade guardada
Lá vem… lá vem… lá vem
Elis não vem de trem
Não, não vem de trem!
Menina travessa: pimentinha danada
Lá vém… lá vem… lá vém
Elis é vida em disparada
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