FOTOGRAFIA
© by João Batista do Lago
Neste ensaio imagético
vejo-te inclusa
neste meu solitário cósmico
deste meu campo excluso.
No meu laboratório de visões
busco toda tua presença.
Nela não me há...
Há um branco total.
Nenhuma imagem.
O filme está queimado.
A burguesa igualdade não me deixa amar-te em toda a tua ebanidade.
E mesmo na cidade dos meus sonhos, na loucura das minhas noites,
és escondida em prostíbulos onde o amor se dá como propriedade
num modo de produção modernista incapaz de se permitir os
fulgores amantes da multiculturalidade.
As mentes diafragmáticas estão fechadas...
O flash não mais dispara feito clarão relâmpico, para
iluminar todo o breu da minha escuridão notúrnica, que
precisa urgentemente
dessa tua imagem resplandecente para
reacender o fogo e dissipar a diáspora para o
Tártaro mais profundo da existência de Gaia.
(Amanhã será outro dia e nele a certeza da tua foto hei de imprimir!)
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
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