CLAMOR
© DE João Batista do Lago
Clamo!
Um clamor profundo da minha verbatura,
Solitária e incontida no Verbo que de mim se faz carne;
Sarcófago do corpus indomado,
(in)criado dos espaços dos tempos;
Sacrário que segreda a hóstia trínica:
Eu-não-Ser-Sou!
Clamo!
Do ventre estéril mais fecundo
Todo fogo varão:
Diáspora do incenso do mundo
Jogado pela janela das civilizações.
Linguagens mudas:
- Não! Não há Verbo, nem carne!
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