segunda-feira, 21 de abril de 2008

Soneto Para Isabela (DE João Batista do Lago

SONETO PARA ISABELA

© DE João Batista do Lago

Dá-me o prazer desta valsa

Vem. O salão é todo nosso

Deixa qu’eu te enlace o dorso

Qu’eu me perca numa nota falsa

Dá-me por instante teu virgem corpo

Quero dele calor ardente nesta dança

E como se fosse boneca de criança

Deixa-me sentir as pétalas da tu’alma

Dizer a todos sem nada balbuciar:

És flor! És rosa que fecunda meu horto.

És vida! Enfim, minha falsa valsa de ninar.

Vem! Levanta desta tumba fria, vem!

Vem... Vês, a valsa já vai acabar...

Vem, ó Isabela, esta falsa valsa comigo dançar.

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