CORPUS
© De João Batista do Lago
A argila
Carne que perambula
Vermes – e alma –
Só tornará calma
Se argila tornar Ser
O barro não morre o corpo
Sedento de espírito vira anti-corpo!
E quando a morte se dera
Na alma do corpo que se fizera
Verás desta vida apenas quimera
Santificada seja a morte que me retorna à vida da terra!
Somente lá estarei concluído
Somente lá jamais serei vencido
Somente lá terei a paz sem guerra
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Um comentário:
"...Na alma do corpo que se fizera
Verás desta vida apenas quimera..."
"Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
…
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas."
(Sophia de Mello Breyner)
Um abraço carinhoso e FELIZ 2008 ;9
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