domingo, 28 de outubro de 2007

EUNUCO

EUNUCO

© by João Batista do Lago

Ah! Essa tola e infantil vaidade
Ainda sequer pela vida gerada
Imbecil e arrogante mocidade
Entulho da verdade famigerada

Desfila sua arrogante jovialidade
Julga-se da Poesia o grande Apolo
Ó, eco de velhos casarões da cidade
Indigno de dizer-se: “- Extrapolo!”

Desconhece a humildade necessária
Arroga-se agora deus da palavra (e)
Fere de morte o Templário que lavra
Sua triste e torpe alma desnecessária

Condenada a penar por séculos afins (a)
Infeliz mocidade aventureira da sorte
É verme sem versos da cidade que morre
Prenhe de demônios que se julgam serafins

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