SEGREDOS
© DE João Batista do Lago
Eu tenho tantos segredos!
Tantos... tantos que dão medos
De confessar.
Os segredos são armas secretas
Que o bicho homem desenvolveu
Durante a evolução da espécie
São ao mesmo tempo
A chave e a porta
Para o céu e para o inferno
Hora são tão bons e santos
Noutras tantas... maus e demoníacos
Eu tenho tantos segredos
Que não lhes posso contar:
Uns são libertadores
Outros são de acorrentar
Contudo dentre os muitos segredos
Um há que resolvi delatar
Não tenho como mais guardá-lo
Na seara do meu corpo
Nem na seara da minha alma
Nem na seara do meu espírito
Pois ele está explodindo de paixão
Ele impõe-se revelar
Aceito a condenação
Após esta minha delação
Mas este meu segredo
Não posso mais guardar
Aceito a condenação
Sem medo do degredo
Que isto pode me causar:
A pena da expulsão secular
Mas a todos devo dizer
Sou escravo desta paixão
Rendido estou aos seus pés
Diante do altar dos infiéis
Sacerdotes da ilibação
Sou teu servo, Ó Justiça,
Rainha da minha devoção
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