**SEI LÁ QUE CAMINHOS TRACEI**
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Sei lá!...
Que caminhos tracei
Por onde andei
que solos pisei!...
Sei lá!...
Qual a força que me atrai
que Magnético Norte me orienta
Que tortuosas veredas
Me desorientam!(?)...
Sei lá...
Se encontra a Estrela Polar
- Estrela do Norte –
Ou a Estrela da Tarde,
Que fulgura e cintila
Ao esmaecer do SOL
Ao “Resplandecer” da LUA!(??)...
- SEI LÁ - !...
Eu sei Lá,
Em que leitos adormeci
Macios
- ou vazios –
Em que linhos Alvos
Ou “Estamenhas”
(De “Antanho”)...
- SEI LÁ!?...
Sei lá...
- SEI LÁ!???...
...Sei Lá,
Que caminhos Tracei
Por onde andei
que Solos pisei...
sei Lá!??
- SEI LÁ!???...
- NEM SEI, SE ME INTERESSA SABER!
...SEI LÁ!???????????????????????????
Heloisa B.P.
Londres, em 20/07/04
Estou relendo, mais uma vez, *Divagando*, livro de poemas de autoria da minha ilustre poeta Heloisa B.P. Um livro que teimo em lê-lo por entender que há nele um conjunto poético tão diverso, e ao mesmo tempo tão uníssono, quanto polifônico e polissêmico.
A poesia acima é uma das que mais me chamou a atenção. E por quê? Porquê nela Heloisa B.P. desveste-se, a si e à sua alma lírica, para sem medo e sem pejo deblaterar:
“Sei Lá...
Em que vales me perdi (...)”
Os “vales” dos quais fala a poeta sempre se encontram nos sopés das montanhas, onde
“Se encontra a Estrela Polar
- Estrela do Norte –
Ou a Estrela da Tarde,
Que fulgura e cintila
Ao esmaecer do SOL
Ao “Resplandecer” da LUA!(??)...”
É muito interessante perceber que no processo dessa “perdição” heloísica, a poeta não esquece sua fonte de saber – o “SOL” – que vai “Resplandecer” do outro lado da sua poética – a “LUA” – ponto facultativo onde guarda todas suas dores num lamento de sabedoria memorável, e diria mesmo, inigualável.
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