POESIA DO ALITERADO
© DE João Batista do Lago
meu amigo
teu verso (in)criado é reino
linguagem de ausente fala
vasos de flores sobre túmulos
tua cabeça de burro
tua pela de leão
\o/
vontade tanta – pra quê?
tuas leiras de frases
tuas montanhas esquizofrênicas
tremeluzir megalomaníaco
esconde sob pele de leão
ouro Equus asinus
tua crina
dna de escuridões
adorna
denuncia
falencia
caixa de pandora
vontade tanta
esperança tanta
pra quê?
teu jardim
comercia excremento
dizes de tudo – o tempo todo –
novos tempos
tu regas (com)paixão
teu é catacumba
tua miséria
entoa tua valsa de sorte
tua vida atoa
teu carnaval difuso
teu desfile de verborreia
não consegue essência do leão
tua eterna perseguição: \o/
teu pedido
será configurado
grafado
regristrando eternidade
\O/
sob pele de leão
esquecimento
solidão
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