sábado, 23 de fevereiro de 2008

Esta poesia eu a dedico a todas as mulheres: negras, brancas, índias, pobres, ricas, loiras, morenas, raínhas, plebéias, casadas, solteiras, donzelas, prostitutas... Todas: Mulher Esperança!

Mulher Esperança!

© DE João Batista do Lago

Nada há por dizer

Além de tudo que já se dissera

És princípio, meio e fim:

Éden, purgatório, jardim!

Entre flores e rosas: jasmim!

No casebre ou no palácio

És a flor do lácio

Seja do lord ou do plebeu

Seja real ou apenas quimera

És a coroa que à vida floresceu.

Quando escrava, rainha ou mesmo nada

Tens anjos e demónios sob os pés

Se cativa, és nobre… és santa… és forte

Não há fogueira que te leve à morte

Pois és de todas montanhas os sopés.

Tens a posse de todos os desejos

Tens poder e dom de todas as magias

Nem mesmo os brutos resistem ao teu Ser

Julgam domar-te! Ah, esses tolos inconsequentes

Não sabem que de ti são eternos dependentes

Confesso: se algo pudera enfim dizer-te

Não o faria. Melhor seria entender-te

Rever meus conceitos de outrora… e de agora

Quedar-me no teu colo sem demora. Como criança!

E adormecer no gozo do teu sexo: Mulher esperança.

2 comentários:

H. Sousa disse...

Vim pôr a poesia em dia. Gostei, e do anterior também. João, amigo, por favor não se disperse tanto (olha quem fala!), pudera eu ter um sítio certo para te ler.
Abraços

Rosa Brava disse...

OBRIGADA... pela parte em que sou Mulher...
Beijo
;)