Mulher Esperança!
© DE João Batista do Lago
Nada há por dizer
Além de tudo que já se dissera
És princípio, meio e fim:
Éden, purgatório, jardim!
Entre flores e rosas: jasmim!
No casebre ou no palácio
És a flor do lácio
Seja do lord ou do plebeu
Seja real ou apenas quimera
És a coroa que à vida floresceu.
Quando escrava, rainha ou mesmo nada
Tens anjos e demónios sob os pés
Se cativa, és nobre… és santa… és forte
Não há fogueira que te leve à morte
Pois és de todas montanhas os sopés.
Tens a posse de todos os desejos
Tens poder e dom de todas as magias
Nem mesmo os brutos resistem ao teu Ser
Julgam domar-te! Ah, esses tolos inconsequentes
Não sabem que de ti são eternos dependentes
Confesso: se algo pudera enfim dizer-te
Não o faria. Melhor seria entender-te
Rever meus conceitos de outrora… e de agora
Quedar-me no teu colo sem demora. Como criança!
E adormecer no gozo do teu sexo: Mulher esperança.
2 comentários:
Vim pôr a poesia em dia. Gostei, e do anterior também. João, amigo, por favor não se disperse tanto (olha quem fala!), pudera eu ter um sítio certo para te ler.
Abraços
OBRIGADA... pela parte em que sou Mulher...
Beijo
;)
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