PINGOS DE CHUVA
© by João Batista do Lago
O dia amanheceu como as almas tristes!
Cinzento!
Chorando suas mágoas,
Suas dores,
Seus horrores.
Mendigo de amores perdidos nos
Passados dias de sorrisos.
Quanta falta faz ao dia o abraço do sol!
Chora. Chora de mansinho.
Devagarinho vai desfilando sua sorte, pois,
Refém da sua própria morte
Sabe-se, logo ali, ser aluvião na
Vazão das almas que inundam de podridão o
Lixo já sem perdão do humano verme, que
Encalha os esgotos da
Alma já podre de palavras e canções, que
Infectam os corações das miseráveis sensações dos
Dias infelizes gerados nos humanos corações.
O dia cinzento de
Choro cinzento
Revela o espírito do
Ser sem dia…
Amargo…
Sem alegria.
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