sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

ABSTRATO HUMANO

ABSTRATO HUMANO

De João Batista do Lago

Ausente desta minha presença
Essente!
Vulgo capítulo de um existir carente
Na suprema corte dos deuses indolentes
Vago a vida feito uns vagabundos

No imundo palácio do mundo
(sem sais!)
Onde a palavra não fala…
O canto não canta…
A rima não versa…

E cessa a conversa do sagrado
Na linguagem da filosofia
Pobre porfia da busca real
No imaterial metafísico
Do imanente racional:
Abstrato humano: animal!

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