NÔMADE
© by João Batista do Lago
Caminho-me dentro do eu-cidade
Perambulo entre avenidas sofridas
Vago ermo procurando a felicidade
Deusa ausente desta cidade vencida
(Macabra)
Monstruosa no seu lamento profano
A cidade me açoita feito vagabundo
Insano; escorregadiço entre humanos
Viajo a saudade da solidão do mundo
(Sânscrito)
Entre os tijolos do sagrado vou
Construindo os deuses da cidade
Velha moradia; mórbida felicidade
Onde o ser sem palavra ficou
(Marginal)
Desço às profundezas da marginalidade
Invisível sujeito castigado pelo ócio da
Produção de classes marginalizadas nos
Guetos dos templos sagrados do moderno
[…]
Na cidade macabra
Caminho minhas dores
Sânscrito deserdado
Marginal dos amores
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