sábado, 3 de novembro de 2007

NÔMADE

NÔMADE

© by João Batista do Lago

Caminho-me dentro do eu-cidade
Perambulo entre avenidas sofridas
Vago ermo procurando a felicidade
Deusa ausente desta cidade vencida

(Macabra)

Monstruosa no seu lamento profano
A cidade me açoita feito vagabundo
Insano; escorregadiço entre humanos
Viajo a saudade da solidão do mundo

(Sânscrito)

Entre os tijolos do sagrado vou
Construindo os deuses da cidade
Velha moradia; mórbida felicidade
Onde o ser sem palavra ficou

(Marginal)

Desço às profundezas da marginalidade
Invisível sujeito castigado pelo ócio da
Produção de classes marginalizadas nos
Guetos dos templos sagrados do moderno

[…]

Na cidade macabra
Caminho minhas dores
Sânscrito deserdado
Marginal dos amores

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