Homo I
O pós-moderno vigente
Continua sempre latente
Na fala desse ser ausente
Sem linguagem poente
O pós-moderno da gente
Transcende o ser imanente
Dá-lhe a fala de um crente
Toma-lhe a linguagem da mente
O pós-moderno assim somente
Desfaz a razão consciente
Dá vida ao homem carente
Das cidades cheias desses viventes
Tolos autônomos dependentes
Pobres humanos inconscientes
Homo II
Este parido de Gaia vai vivendo
Trôpego humano segue sofrendo
Antrópico espírito em si crendo
Mata a Natureza que pensa tendo
Tolo homem que vai si morrendo
A cada espécie por ele desaparecendo
A cada desesperar do mais querendo
Fazer-se dono supremo num crescendo
Aos poucos neste seu atuar horrendo
Inconsciente sua tragédia vai fazendo
Na desrazão do novo sempre nascendo
O epíteto de toda geração morrendo:
“Que se dane a gente transcorrendo
a mim interessa mais e mais rico sendo”
Homo III
E neste claro nominalismo recalcitrante
Segue só este louco homem construindo
Sua ganância que a Natureza vai destruindo
Sem permitir às novas gerações que vão surgindo
Que a paz construa nos homens o verso lindo
E em cada ser do novo ser se vá obstruindo
A louca chama de guerras que se estão evoluindo
Nos campos dos petróleos se estão consumindo
Tolos são esses senhores donos do mundo
Perdeu-se a razão feito assassino vagabundo
Perdeu toda a Ciência o bem mais profundo
De garantir ao homem deste novo mundo
A sina de não ser apenas retirante moribundo
Deste universo que de ser em mim se faz fundo
segunda-feira, 22 de janeiro de 2007
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Um comentário:
Se estes versos fossem uma petição, eu assinava em baixo.
Muito pertinentes. Meus parabéns pelo trabalho, caro amigo.
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